Milhões caminhando para o abismo,
Enquanto o povo que se chama pelo Teu nome
se assenta a tecer grinaldas de flores,
preocupado em acompanhar os padrões
do presente século.
Que fizemos do teu senso de urgência:
"Trabalhai enquanto é dia"?
Do Teu santo objetivo:
"É necessário que eu anuncie o evangelho...
porque para isso fui enviado"?
Tu não Te importaste de ser diferente
dos grandes do teu tempo.
Bastava-Te o ideal,
a angustiante certeza de que era breve
Teu tempo aqui.
Sobretudo, havia o amor.
Por ele Te fizeste maldição,
objeto de escárnio e zombaria,
Quando permitiste que Te erguessem,
entre o céu e a terra, nos braços de uma cruz.
Abre-nos os olhos, Senhor, para a profundidade
da missão que nos deste,
Dá-nos consciência do preço que Te custou
a autoridade para ordenar:
- "Ide e pregai o evangelho..."
Enquanto é dia, enche-nos do Teu senso de urgência.
Sobretudo, Senhor, que nos possua
aquele amor que Te fez aceitar o ridículo da cruz:
Ele nos fará desprezar os valores do mundo,
ele nos levará a sair pelos becos e valados,
em busca dos famintos,
para que tua casa se encha,
para que aleluias e hosanas
se ergam ao santo nome Teu.
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Autor: MYRTES MATIAS
REACHERS, Sammis. Antologia de Poesia Missionária – Volume 2. [s.n]. Versão gratuita em PDF, [2013].
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