quinta-feira, 28 de abril de 2016

ENQUANTO É DIA

Tremo ao contemplar milhares, 
Milhões caminhando para o abismo, 
Enquanto o povo que se chama pelo Teu nome 
se assenta a tecer grinaldas de flores, 
preocupado em acompanhar os padrões 
do presente século. 
Que fizemos do teu senso de urgência: 
"Trabalhai enquanto é dia"? 
Do Teu santo objetivo: 
"É necessário que eu anuncie o evangelho... 
porque para isso fui enviado"?

Tu não Te importaste de ser diferente 

dos grandes do teu tempo. 
Bastava-Te o ideal, 
a angustiante certeza de que era breve 
Teu tempo aqui.
 

Sobretudo, havia o amor. 
Por ele Te fizeste maldição, 
objeto de escárnio e zombaria, 
Quando permitiste que Te erguessem, 
entre o céu e a terra, nos braços de uma cruz.
 

Abre-nos os olhos, Senhor, para a profundidade 
da missão que nos deste, 
Dá-nos consciência do preço que Te custou 
a autoridade para ordenar: 
- "Ide e pregai o evangelho..." 
Enquanto é dia, enche-nos do Teu senso de urgência. 
Sobretudo, Senhor, que nos possua 
aquele amor que Te fez aceitar o ridículo da cruz: 
Ele nos fará desprezar os valores do mundo, 
ele nos levará a sair pelos becos e valados, 
em busca dos famintos, 
para que tua casa se encha, 
para que aleluias e hosanas 
se ergam ao santo nome Teu.
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Autor: MYRTES MATIAS

REFERÊNCIA:

REACHERS, Sammis. Antologia de Poesia Missionária – Volume 2. [s.n]. Versão gratuita em PDF, [2013].

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