terça-feira, 19 de abril de 2016

NADA ERA DELE (Inspirado em Stanley Jones)


Autor: GIÓIA MARTINS
 

Disse um poeta um dia,
fazendo referência ao Mestre amado:
"O berço que Ele usou na estrebaria,
por acaso era dEle?
 

- Era emprestado!
 

E o manso jumentinho,
em que, em Jerusalém, chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
por acaso era dEle?
 

- Era emprestado!
 

E o pão - o suave pão
que foi por seu amor multiplicado,
alimentando toda a multidão -,
por acaso era dEle?
 

- Era emprestado!
 

E os peixes que comeu
junto ao lago e ficou alimentado,
esse prato era seu?
 

- Era emprestado!
E o famoso barquinho?
aquele barco em que ficou sentado,
mostrando à multidão qual o caminho,
por acaso era dEle?
 

- Era emprestado!
E o quarto em que ceou
ao lado dos discípulos, ao lado
de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou,
por acaso era dEle?
 

- Era emprestado!
 

E o berço tumular,
que, depois do Calvário, foi usado
e de onde havia de ressuscitar,
o túmulo era dEle?
 

- Era emprestado!
 

Enfim, NADA era dEle!
Mas a coroa que ele usou na cruz
e a cruz que carregou e onde morreu,
essas eram, de fato, de Jesus!"
 

Isso disse um poeta, certo dia,
numa hora de busca da verdade;
mas não aceito essa filosofia
que contraria a própria realidade...
O berço, o jumentinho e o suave pão,
os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura,
eram dEle a partir da criação,
"Ele os criou" - assim diz a Escritura...
 

Mas a cruz que Ele usou
- a rude cruz, a cruz negra e mesquinha
onde meus crimes todos expiou,
essa não era Sua,
ESSA CRUZ ERA MINHA!

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REFERÊNCIA:

REACHERS, Sammis. 3 Irmãos Antologia: Um pouco do melhor da poesia evangélica em língua portuguesa. [s.n]. Versão gratuita em PDF, [s.d].
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