sábado, 16 de abril de 2016

NO SILÊNCIO

Ajuda-me, Senhor, a ser silenciosa,
fazer tua obra sem ostentação;
ensina-se a dar com a mão direita,
sem que o saiba minha outra mão.
Sei que falas no fragor da tempestade, no bramido selvagem do mar,
Mas prefiro ver teus dedos nas estrelas, numa noite silenciosa e de luar.
Sei que falas no tufão que amedronta, na montanha que se explode no vulcão,
Mas prefiro ver-te no silêncio da planta, quando tiras uma flor de um botão.
A carroça vazia é que faz mais barulho ao rodar sobre as pedras da calçada:
a ser um palácio vazio, ser choupana pobre, porém habitada.
.
.
Autora: Myrtis Matias
.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário