quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O PRÍNCIPE DA PAZ

Autora: Stela Câmara Dubois

Maravilhas de Deus, por toda a terra,
Do vasto chão aos altos estendais!
No espaço imenso em que o olhar se perde,
Maravilhas de Deus, como cantais!

Pelos jardins dos céus, as nebulosas,
Essas flores de luz, refulgirão!
Mas, dentre todas, uma só, eterna,
- É de Jesus a Grande Salvação!

Na linguagem sublime das estrelas,
Ouviu-se um dia um suspirado canto;
Era o Presépio, - a glória na humildade, -
Que na terra causara vivo espanto...

Jesus, o Prometido, há longas eras,
Enfatizado pelas profecias,
Baixara, enfim, ao mundo, incompreendido,
Mas, verdadeiramente, o seu Messias.

Ei-lO a fazer prodígios incontáveis,
Ei-lO a salvar, curar e proteger!
Até na cruz de vergonhosa afronta,
Jesus patenteara o Seu poder.

Da Tumba fria, levantou-se, incólume,
Fazendo toda a guarda espavorir...
Sobre a cabeça a estrela da vitória,
E no regaço as glórias do porvir!

Sofreu, penou, mas vive eternamente!
E assim, com Ele, os redimidos Seus,
Hão-de também sofrer, também vencer,
Pela força invencível desse Deus!

Quando subiu aos céus, Jesus glorioso,
Doiravam a estrada as tintas do poente...
A natureza era um poema enorme,
O relicário d’alma pura e crente.

Ei-lO que vai, numa espiral de luz.
Envolto em nuvens, a subir, subir...
A turba toda a olhar, então, se queda,
Sentindo já, da ausência, a dor pungir.

Este Jesus há-de voltar um dia, -
Falam os dois varões, - há-de voltar! –
E que sublime quadro de esperança,
Quando o universo inteiro governar!

O mundo se esboroa em guerras, lutas,
Num morticínio atroz e contumaz.
Oh vem, depressa, e firma o excelso trono,
Oh desejado Príncipe da Paz!

Então a terra gozará descanso,
Na brancura ideal dos corações!
Qual sol radiante, o cetro estenderás,
Abençoando todas as nações.

És o Poder, o Alento, a Fonte Viva!
És a Verdade que nos satisfaz!
Faze das nossas almas o teu trono,
E reina! E reina, ó Príncipe da Paz!


 

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