Autora: Eliúde Marques
Do livro Primícias do meu
Jardim
GRUPO DE SEIS JOVENS
(Poderão trajar vestes de
camponês e trazerem na mão instrumento agrícola, Bíblia etc.)
UM JOVEM - responsável pelo campo
CENÁRIO - campestre
Canta-se ocultamente o hino:
O SEMEADOR E O CEIFEIRO
Versão: Doris Lemos
Canta: Oséias de Paula
Semeei a semente sim, na
primavera,
Reguei-a com lágrimas, choros e
dor,
Mas outro, talvez, ceifará o
meu trigo
Com gozo trazendo ao Senhor.
CORO
Vez, após vezes, a minh'alma
sente
angústias e choro do semeador.
Mas o que semeia, tanto como o
que ceifa
Terão recompensa das mãos do
Senhor!
(No coro, o responsável pelo
campo entra em cena trazendo em mãos vários folhetos bíblicos ou mesmo uma
peneira com várias sementes e fala):
Senhor,
Tu me disseste que era
necessário
levar bem longe nos rincões
profundos
estas sementes cujo itinerário,
ainda são recantos deste mundo.
Recantos cheios de
incredulidade,
talvez mais forte nos altos
sertões.
Cidades de maior perversidade,
que também
chegue ali o teu perdão.
Mas por ser
tanta a semente que tenho,
para levar com
urgência e vontade,
a tua
sabedoria pedir venho,
pois chamarei
a tua mocidade.
Os moços
fortes que tens preparado
para que
sirvam na tua seara,
aqueles que
com amor Tu tens chamado
e para a luta nos
campos preparas.
(Fala em
direção ao grupo que se aproxima):
Vem, ó jardim
florido do Senhor,
pois a seara
já bem branca está,
eis que as
sementes chamam ao labor,
em novo campo
o bem florescerá.
(Música.
Entram agora os 6 jovens e recebem das mãos do responsável pelo campo, um
punhado de folhetos ou as sementes e vão passando, formando uma fileira, depois
um após outro, fala a sua parte)
1ª) Eu levarei esta semente santa
pela cidade em
casas e barracos,
que tantos
salva e coxo, sim, levanta
e é alento
para o triste e fraco.
Um bom
punhado, vê, irei levando
para espalhar
na terra dos perdidos
e cada dia
sempre semeando,
um dia trarei
fruto amadurecido.
Fruto do amor,
do bem, da santidade,
por semear
esta semente agora,
que foi
plantada ao cair da tarde
e florescerá
no despontar da aurora.
2ª) Eu levarei além pelas montanhas,
pelos valados
cheios de perigo
e trarei
salvas muitas almas ganhas
porque Jesus é
quem irá comigo.
Lá bem
distante onde o pecado impera,
fazendo
escravas tantas almas vis,
estas sementes
farão primavera
e assim
fazendo serei bem feliz,
por ter
cumprido de Jesus a ordem,
que nos alerta
assim constantemente:
- leva a
mensagem, a semente planta,
toma o arado,
a água e a semente.
Porque a terra
espera o teu cuidado
de a plantinha
sempre cultivar,
não é somente
vê-la ter brotado
mas pelo
crescimento trabalhar.
3ª) Eu levarei pelo deserto errante,
onde o gemido
é difícil se ouvir,
pois meu Jesus
me diz que lá eu plante
as novas do Evangelho
e do porvir.
A cada um Deus
manda em cada canto
porque é vasto
o campo e perto está
de aqui cessar
toda amargura e pranto,
porque Jesus a
igreja levará.
E muitos têm
no coração contrito
que ainda
existe um meio de perdão
e quem irmãos,
quem levará o grito,
que Cristo dá
de graça a salvação?
4ª) (Entra
com a Bíblia)
Minha missão é
pregar ao fidalgo,
por isso irei
bater em sua porta,
levando esta
Palavra da verdade
que a rico e
pobre o coração conforta.
Talvez haja
uma terra preparada
para a bendita
semente receber,
se não houver
irei levando a espada
pra contra os
vis espinhos combater.
São corações
denominados sábios,
mas que do céu
em nada buscam crer;
almas
descrentes, cheias de ressábios,
atormentadas
por riquezas ter.
E a mim que
Cristo me incumbiu assim,
não posso de
outro modo semear,
farei deste
deserto um bom jardim
pois plantarei
e sempre irei regar.
5ª) Eu levarei pelos longos sertões
onde a
tremenda seca faz brotar
a amargura nos
pobres corações
fazendo o
sertanejo até chorar,
pela miséria
de ver o seu roçado
morrer sem
vida pela seca enorme,
enquanto
alguns blasfemam já, coitados,
sem saber que
há um Deus que nunca dorme.
Por isso,
enfrentarei com ousadia
os sertões
bravos desse meu País
e semeando
sempre com alegria,
tenho certeza
de que serei feliz.
Se hoje planto
e ainda não nasceu,
por certo a
terra está endurecida,
mas vindo o
Regador, que é nosso Deus,
porá no
coração a Água da Vida.
E essa água
que mana da fonte,
torrente
excelsa que jorra da cruz,
mostra ao
caído o límpido horizonte,
Seu nome é
santo, chama-se Jesus.
6ª) Ah! Lembrei-me ainda do silvícola,
perdido assim
sem civilização,
vivendo sempre
sua vida agrícola,
porém sem fé,
sem Deus e sem perdão.
Eu me
encarrego de ir pelo Amazonas
apregoar a
semente espinhosa,
de taba em
taba, de zonas em zonas,
nada me
importa, a senda é gloriosa.
Sei que há
muito perigo a enfrentar
nos pantanais
distantes do País,
mas meu Jesus
na selva manda entrar,
pois, muita
gente anseia ser feliz.
E os índios
vivem na superstição
de venerar a
lua e adorar o sol,
se
encaminhando assim à perdição,
todos
prostrados no lindo arrebol.
MÚSICA
SUAVE
(Uma por
uma declama as estrofes a seguir):
1ª) Toma Jesus, a minha mão fraquinha,
para levar na
selva ou na cidade,
engrandecendo
a tua santa vinha,
sendo um
exemplo em minha mocidade.
2ª) Por isso eu levarei pelos valados
esta semente
cheia de bondade,
e lhes darei
meu zelo e meu cuidado,
fazendo o bem
na minha mocidade.
3ª) Por isso irei pelo deserto errante,
levando esta
semente da verdade
e assim
fazendo irei seguindo avante,
servindo a
Cristo em minha mocidade.
4ª) E é por isso que sempre contente
obedecendo
sempre em santidade
levo ao
fidalgo, ao rico esta semente,
sendo fiel em
minha mocidade.
5ª) Irei pelos sertões, bravos sertões,
descortinando
o véu da caridade,
levando esta
semente aos corações,
com muito amor
na minha mocidade.
6ª) Por isso pelas selvas andarei
civilizando os
índios com a verdade.
Perante a luta
não vacilarei,
sou varonil na
minha mocidade.
(Erguendo
as mãos falam todas):
Toma, Jesus,
as nossas mãos amigas,
para levar na
selva ou na cidade,
estas sementes
sem temer fadigas,
servindo a Ti
em nossa mocidade.
Cantam a
última estrofe e o coro do hino O Semeador e o Ceifeiro e saem.
O ceifeiro
recolhe com gozo os frutos,
Nem sempre
sabendo a dor que custou
Para quem
trabalhou tanto com sol ou chuva
E com
paciência a semente plantou.
CORO
Vez, após
vezes, a minh’alma sente
Angústias e
choro do semeador,
Mas o que
semeia, tanto como o que ceifa
Terão recompensa das mãos do Senhor!
REFERÊNCIA:
REACHERS, Sammins;
PIRES, Vilma Aparecida de Oliveira. Teatro
Missionário: Peças teatrais e jograis sobre Missões e Evangelização para
Igrejas evangélicas. Versão Gratuita em PDF, 2013.
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