Autor: Sammis Reachers
Personagens:
Pastor
ou dirigente
Missionária
Lia (ou Missionário Mário)
Seis
(ou menos, fica a seu critério) irmãos da igreja, que deverão permanecer
sentados normalmente nas cadeiras/bancos do templo.
Nota:
Esta peça traz a sensação para
a igreja de interação ou participação. Uma missionária e professora de Missões
visita a igreja para conceder uma entrevista ou fazer um workshop sobre
Missões. Os membros participantes da peça, sentados normalmente em seus bancos,
farão perguntas relativas à obra missionária e sua importância, as quais a
missionária responderá usando principalmente frases (citações) de grandes
missionários, pastores etc.
Caso
julgue a peça longa, você pode adaptá-la, reduzindo perguntas. Mas o ideal é
que sejam utilizadas pelo menos as cinco primeiras perguntas.
E
caso a pessoa que interpretará a Missionária julgue muito extensos os textos a
decorar, pode-se usar uma cola para a leitura, ou utilizar-se duas (ou até
três) Missionárias(os), ao invés de uma só, pois os textos são longos
exatamente para ajudar a esclarecer bem as dúvidas que muitos têm em relação à
obra missionária.
Outra
dica: As informações numéricas/estatísticas utilizadas aqui foram pesquisadas
em 2013. Por isso, caso você venha a encenar este texto em anos vindouros,
sugiro que atualize os dados numéricos referentes aos povos não alcançados etc.
Pastor
ou dirigente: Boa noite queridos,
graça e paz a todos aqui presentes! Como foi anunciado, hoje está conosco a
missionária Lia. Ela serviu a Cristo durante muitos anos na Amazônia e também
no sudeste da Ásia, e atualmente dá aulas no Seminário de Missões da capital.
Hoje,
especialmente, ela estará respondendo a perguntas dos membros da igreja. Para
este evento, foram previamente sorteados seis (ou menos) irmãos, que
poderão fazer perguntas sobre qualquer tema relacionado à obra missionária para
nossa irmã Lia.
Os
irmãos sorteados foram: XXXXX, XXXXX, XXXXX, XXXXX, XXXXX, e XXXXX (nomes
dos membros participantes da peça).
Missionária: A paz do Senhor a toda esta igreja abençoada e abençoadora! É
um imenso prazer estar aqui e poder compartilhar com os irmãos meus humildes
conhecimentos e experiências na seara do nosso Mestre e Salvador. Desde já
agradeço ao pastor (ou dirigente) XXXXX (nome do pastor) pelo
convite e pela oportunidade.
Bem, para começar, deixe-me ver aqui na lista... ah sim, o
irmão XXXX, pode fazer sua pergunta, querido?
Irmão 1: Olá!
Irmã Lia, eu gostaria de saber por que devemos fazer missões em lugares
distantes como África e Ásia, se nossa cidade ainda tem tanta gente precisando
ouvir o Evangelho?
Missionária: Obrigado querido, essa é uma pergunta com que sempre me
deparo, e uma dúvida de muitos irmãos. Primeiro precisamos avaliar o que é
‘ouvir o Evangelho’. Será que podemos comparar alguém que nunca ouviu sequer o
nome, a palavra, JESUS, com aqueles que estão aqui nas cidades do Brasil, onde
a mensagem está na TV, no Rádio, está na igreja da esquina, naquele parente que
é evangélico, enfim, somos um país cristão, embora de maioria ainda católica,
mas ainda assim a Bíblia está ao alcance de praticamente todos, salvo dos povos
indígenas e alguns sertanejos e ribeirinhos isolados.
Oswald Smith, um pastor canadense que foi um dos maiores
incentivadores de Missões do século passado, disse algo muito justo, que é o
seguinte: “Antes de alguém ouvir o Evangelho duas vezes, que todos o ouçam pelo
menos uma vez!”
Vocês concordam com essa afirmação? Será que alguém deveria
ouvir o Evangelho duas, três, trezentas vezes, enquanto há aqueles que nunca
ouviram sequer uma vez? Que sequer tiveram uma chance? (Enfática) Uma
chance como você e eu tivemos, como a grande maioria em nosso país já teve e
ainda tem? Será que não devemos dividir isso, dar uma chance, pelo menos UMA
chance, a quem nunca teve?
O missionário William Borden, que trabalhou na China, faz uma
pergunta que deve ser respondida por cada um de nós: “Se dez homens estão
carregando um tronco, sendo nove deles no lado mais leve, e somente um
segurando o lado mais pesado, e você deseja realmente ajudar, que lado você
escolheria levantar?”
E aqui chegamos ao ponto principal da grande ordem de Jesus,
a que chamamos de A Grande Comissão. Todos aqui sabem o que é a Grande
Comissão? Uma dica: foi a última ordem dada por Jesus, antes dele ascender ao
céus. A última e maior ordem. Ela encontra-se no livro de Mateus 28.19,20: “Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos”. Devemos pregar o Evangelho a cada povo, língua e nação. Se
estacionarmos aqui na nossa cidade, no nosso povo, na nossa língua portuguesa,
estaremos refreando a obra de Cristo, estaremos desobedecendo-a, aniquilando a
Grande Comissão.
Se voltarmos lá em Mateus 24.14, leremos: “E este
evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as
nações, e então virá o fim.”
Irmãos, analisando o que Jesus disse, chega-se à conclusão de
que a volta de Cristo é uma volta condicional. Ou seja, ela depende do
cumprimento de uma certa condição. E esta condição é que o Evangelho chegue a
todos os povos da terra. (Enfática) A cada um deles, irmãos! Como
podemos então encher esta cidade de congregações, se há cidades maiores do que
esta sem uma única igreja evangélica, e pior, sem um único cristão em todo o
seu território?
Como disse o missionário brasileiro Jairo de Oliveira: “Seria
pedir demais, requerer que uma igreja local desenvolva uma consciência e uma
ação global? A Igreja foi estabelecida para corresponder aos desafios mundiais
e deve ser caracterizada por sua visão de mundo. De outra forma, ela perde sua
identidade e nega a sua natureza como agência do Reino de Deus para as nações.”
Agora, para fechar nossa reflexão, voltemos à Bíblia, ao lema
do apóstolo Paulo, que está lá em Romanos 15.20: “Sempre fiz questão de pregar
o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse
edificando sobre alicerce de outro.” Este deve ser o nosso lema.
Agora, o irmão XXXXX gostaria de fazer sua pergunta?
Irmão 2: Hoje
em dia, com a televisão, o telefone celular, a internet e todos os outros meios
de comunicação, existem lugares onde o Evangelho ainda não chegou?
Missionária: Queridos, essa também é uma dúvida muito comum daqueles que
não estão bem informados sobre a situação da obra missionária, e do próprio
mundo em si. Bem, vamos começar pelo nosso Brasil: segundo o missionário e
missiólogo brasileiro Ronaldo Lidório, há, no Brasil, 257 tribos indígenas
conhecidas pelo homem branco. Destas, temos 105 tribos sem nenhuma presença do
evangelho. Nenhuma, irmãos! E além disso, é provável que existam ainda diversas
tribos desconhecidas, com as quais os homens brancos ainda não travaram contato
direto. Essas tribos falam línguas específicas, línguas para as quais a Bíblia
não está traduzida. Eles não possuem energia elétrica ou celulares, e mesmo que
possuíssem, não falam nossa língua: como ouvirão, se não há quem vá até eles?
Temos ainda, em toda a região amazônica, mais de 4.000
comunidades ribeirinhas ainda não alcançadas pelo Evangelho! Eles também não
possuem energia elétrica ou sinal de celular, e a imensa maioria sequer sabe
ler, por falta de escolas próximas, já que essas pessoas vivem isoladas à beira
dos rios, e sua locomoção depende de barcos, em viagens que duram dias de um
ponto a outro. Como ouvirão, se não formos até eles? A TV e a internet não
podem alcançá-los.
Continuemos ainda no nosso querido Brasil, agora vamos à
outra região menos evangelizada de nosso país, o sertão nordestino. Estima-se
em 10.000 o número de vilas e povoados sem presença evangélica. Enquanto a
média nacional de evangélicos é de 30% da população, a média do sertão
nordestino é de 4%! Somente 4%, e em muitos lugarejos a média está abaixo de 2%
da população! Irmãos, para que vocês tenham uma ideia, essa média de 2% é a
média de cristãos em muitos países muçulmanos!!!
Mas agora deixemos nosso país e vamos analisar a situação de
nosso planeta. Queridos irmãos, neste momento solicito a máxima atenção de
todos vocês, pois vou expor informações importantes, e que exigem muita atenção
para que sejam compreendidas.
Especialistas e missiólogos estimam que existam 11.284 povos,
ou grupos etno-linguísticos, na face da terra. Dentre estes, calcula-se
atualmente em 6.590 o número de povos não alcançados. Embora muitos destes
povos não alcançados sejam pequenos, eles representam mais da metade dos povos
da Terra! (enfática).
Mas o que são povos não alcançados? “Um grupo de pessoas é
considerado não alcançado, quando não há nenhuma comunidade nativa de cristãos
capazes de envolver este grupo de pessoas com plantação de igrejas.
Tecnicamente falando, a porcentagem de cristãos evangélicos nesse grupo de
pessoas é quase sempre inferior a 2% da população.” Ou seja, mesmo que em
alguns desses povos haja cristãos nativos, eles são tão poucos, tão
incapacitados, que o Evangelho não pode avançar, e muitas vezes sequer
manter-se, sem o apoio externo. E esse apoio deve partir de mim e de vocês,
irmãos.
Agora me deixem apresentar-lhes outro conceito utilizado no
estudo de Missões. Já sabemos o que são povos não alcançados. Conheceremos
agora os povos não engajados. Povos não alcançados são considerados também não
engajados, quando não existe uma estratégia de plantação de igrejas, de acordo
com a fé e a prática evangélica, em andamento. Quando não há nenhum movimento
conhecido, por parte de igrejas e missões estrangeiras ou nacionais, para
alcançar este povo, seja de que maneira for. De certa forma, poderíamos
chamá-los não de povos não alcançados, mas de povos abandonados, povos
esquecidos.
Pois bem, igreja: dentre os 6.590 povos não alcançados,
calcula-se que existam 2.960 povos não engajados. Povos sobre os quais Igreja
de Cristo sequer começou a trabalhar, ou mesmo a orar especificamente sobre
eles. Povos que precisam ser adotados em oração e em ações, e vocês podem ser
as pessoas que irão adotá-los.
Agora vocês entendem o tamanho da tarefa que nos cabe
concluir?
Voltemos agora para a questão dos meios de comunicação como
rádio, TV e internet. Em muitos países do terceiro mundo não há internet
disponível na maioria de suas regiões. E quando há, saibam que governos de
países autoritários, como os comunistas ou islâmicos, controlam rádios, TVs e a
internet, bloqueando o acesso a sites de conteúdo cristão. Além disso, esses
países proíbem todo tipo de proselitismo (evangelismo), e proíbem também a
produção, venda ou sequer a posse de qualquer literatura cristã, seja Bíblia,
livros ou folhetos. E então? Como ouvirão se o Evangelho está impedido de
entrar? Para alcançar tais povos, é necessário um trabalho lento, muitas vezes
por parte de missionários fazedores de tenda, que é como são chamados os
missionários que entram nos países como profissionais, sejam médicos,
engenheiros, jogadores de futebol etc. Vale lembrar ainda que tais países
gastam muito em sistemas de vigilância e espionagem, e mantém rígido controle
sobre o povo.
Então queridos, ainda falta muito para ser alcançado, e
alguns desses povos são de alcance lento e muito difícil. Mas não impossível!
Todas as orações, todos os recursos, todas as vidas que pudermos empenhar para
a obra são necessárias para concluirmos a grande tarefa que por nós espera.
Perdoem-me pela longa resposta, mas espero ter oferecido um
panorama de toda a dificuldade que a ação missionária precisa superar.
Quem é o próximo a fazer sua pergunta?
Irmão 3: Irmã
Lia, paz do Senhor! Minha irmã, eu gostaria de fazer Missões, e dedicar minha
vida a levar o Evangelho até os que ainda não o ouviram. Mas minha família é
contra, e minha prima Mara diz que se eu fizer isso vou desperdiçar a minha
vida... Baseada em sua experiência de vida, por favor, me responda: será que
vale a pena dedicar a vida à obra missionária?
Missionária: Meu jovem, veja o que disse Paul Fleming: “Se pudéssemos
chegar mais perto do coração de Jesus e sentir e perceber o motivo pelo qual
Ele deu a Sua vida; se fôssemos dirigidos por Seu amor, daríamos todo nosso
tempo à procura das coisas que tem valor real e eterno, as almas dos homens.”
Percebe? Nada no Universo tem mais valor do que aquilo que
Deus diz que tem mais valor: ou seja, as almas dos homens! Devemos nos apossar
desta verdade, marcá-la em nossos corações.
Lembram-se do que disse David Livingstone, o famoso
missionário desbravador da África? É uma frase muito conhecida, e profundamente
verdadeira: “Deus tinha um único filho, e fez dele um missionário.”
Em face disso, que pode ser mais honroso, mais valioso do que
seguir os passos de Jesus? Como você poderia desperdiçar a sua vida, imitando
Aquele que é o criador da Vida? O evangelista Bill Bright, fundador da Cruzada
Estudantil e Profissional para Cristo, disse certa vez que “Não existe chamado
mais alto ou privilégio algum maior, conhecido para o homem, do que envolver-se
em completar a Grande Comissão.”
O pastor John Piper também diz algo para você: “A vida
desperdiçada é a vida sem uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas
para a alegria de todos os povos."
E por fim, nossa irmã Kathe Walter disse: “Só isto traz
sentido à vida na terra: tornar-se algo para a glória de Deus e iluminar o
caminho de outros com a luz vinda de fontes eternas."
Por isso minha querida, eu não me arrependo em nenhum momento
de ter dedicado minha humilde vida à obra de repartir a luz de Cristo com todos
aqueles que têm fome e sede, fome e sede de justiça, de paz e de salvação.
Agora a pergunta do irmão XXXXX.
Irmão 4: Missionária
Lia, nossa igreja é muito pequena, possui poucos membros... e ainda por cima,
pagamos aluguel para ocuparmos este imóvel. Como poderíamos contribuir
financeiramente para Missões?
Missionária: Para responder a essa pergunta, faço minhas as palavras do
famoso pastor norte-americano Rick Warren: "A saúde de uma igreja é medida
pela sua capacidade de enviar missionários e não pela capacidade de lotação dos
bancos que possui."
O pastor brasileiro Edson Queiróz, autor do excelente livro A
Igreja Local e Missões, ensina: “Coloque Missões em primeiro lugar e Deus
dará as coisas necessárias.” Inclusive eu recomendo a todos a leitura desse
livro, que ensina como as igrejas locais, por menores que sejam, podem fazer a
obra missionária.
Já dizia também o pastor José Alves dos Santos (sorrindo):
“Não existe igreja pobre que não possa fazer missões. Existe igreja pobre, por
não fazer missões.”
A verdade é que o evangélico brasileiro gasta muito mais com
Coca-Cola do que com Missões. Isso não é vergonhoso?
Irmãos, se olharmos para nossas fraquezas, para as
dificuldades, nunca trabalharemos. Ou como diz em Eclesiastes 11.4, “ Quem
observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.” O
grande missionário Hudson Taylor, que levou o Evangelho à China, país onde
viveu por mais de cinquenta anos, disse certa vez: “Não são os grandes
homens que transformam o mundo, mas sim os fracos e pequenos nas mãos de um
grande Deus.”
Quem pode dizer amém?
Irmão 5: Professora,
eu gostaria de saber se as pessoas precisam de um chamado especial para pregar
o Evangelho?
Missionária: Querido, certa vez alguém orou: “Deus, tem misericórdia dos
perdidos.” E Deus respondeu a essa pessoa, e sabe qual foi a resposta? “Eu já
tive misericórdia; agora é você que precisa ter.”
Um grande escritor evangélico, Leonard Ravenhill, disse certa
vez: “Será que um marinheiro ficaria parado se ouvisse o clamor de um naufrago?
Será que um médico permaneceria sentado comodamente, deixando seus pacientes
morrerem? Será que um bombeiro, ao saber que alguém está perecendo no fogo,
ficaria parado e não prestaria socorro? E você, conseguiria ficar à vontade em
Sião vendo o mundo ao seu redor ser condenado?”.
Entenderam? Qualquer um pode e deve lançar-se ao encontro dos
que morrem sem Cristo! Todos somos bombeiros, bombeiros vivendo em meio a um
grande incêndio. Quanto aos talentos, Deus trabalha em cima dos talentos de
cada um, e acrescenta os talentos necessários, muitas vezes não antes, mas
durante o processo, durante a ação. É preciso dar o primeiro passo, irmãos.
Queridos, todos somos evangelistas. E todos podemos nos tornar missionários.
Logicamente, para evangelizar pessoas de outras culturas e
línguas, é necessário uma preparação adequada, através de cursos e estudos
diversos, para que o obreiro não passe vergonha e acabe involuntariamente
prejudicando a causa do Evangelho. Mas cada um de nós pode aprender o
necessário para ir aos campos transculturais. Pois o chamado é para todos.
O missionário Jairo de Oliveira diz que “Todos aqueles que
receberam uma nova vida, um novo Espírito, uma nova natureza, um novo coração,
um novo destino, uma nova morada, também receberam a ordem de pregar o
Evangelho ao mundo.”
Sobre este tema, ouça o que o fundador da Missão AMME Evangelizar,
pastor José Bernardo, diz: “A igreja se acostumou a ouvir que ou você ora, ou
contribui, ou evangeliza, mas nós sabemos que não é possível que a colheita
seja feita com crentes que escolhem apenas uma dessas coisas, com gente que se
dedica pela metade, que se santifica em parte. Todos devemos estar dispostos a
nos envolver integralmente, entregando nosso tempo, recursos e talentos para a
glória de Deus.”
Por fim, ouça o que disse John Wesley, o pai das Igrejas
Metodistas e promotor de um grande avivamento no século XVIII: “Vocês não têm
nada a fazer, senão salvar almas. Portanto, gastem tempo e sejam gastos nessa
obra. Devem ir sempre não apenas ao encontro dos que precisam de vocês, mas
principalmente daqueles que mais necessitam de vocês.”
Como diz Wesley, salvar almas é tudo o que temos para fazer,
irmãos. Tudo o mais, nossos sonhos, nossos trabalhos, nossa vida completa, tudo
deve girar em torno e em direção à: ganhar almas!
Agora para finalizar, a última pergunta. Com a oportunidade,
o irmão XXXXX.
Irmão 6: Missionária
Lia, Missões não é o mesmo que Evangelização? Elas não são a mesma coisa?
Missionária: Muitas pessoas, e inclusive alguns autores, gostam de
acreditar que sim. Mas separar bem esses dois conceitos é muito importante para
que possamos compreender a real importância de Missões, a real importância de
alcançarmos os verdadeiramente não alcançados.
Veja, o famoso missiólogo e missionário Ralph Winter, um dos
mais importantes estudiosos e incentivadores de Missões do século XX, explicou
essa diferença de maneira bem simples: “Evangelismo é uma igreja crescendo onde
ela está. Missões é uma igreja crescendo onde ela não está.”
Evangelismo, Evangelização, é falar do Evangelho em qualquer
lugar, ao seus parentes, vizinhos etc. Missões é romper barreiras para levar o
Evangelho, barreiras culturais, geográficas, linguísticas, sociais. E para
romper tais barreiras, e evangelizar em outras culturas, faz-se necessário um
preparo, uma capacitação, um investimento e uma dedicação muito maiores do que
necessitamos ao evangelizar em nossa própria região e cultura.
Bem meus queridos, espero ter esclarecido algumas de suas
dúvidas sobre a obra missionária. Espero também poder voltar a esta igreja,
seja para pregar, ministrar cursos ou responder a outras dúvidas de seus
membros. Agradeço a todos pela graciosa atenção e pela oportunidade.
E lembrem-se, Missões é a razão de ser da Igreja!
REFERÊNCIA:
REACHERS, Sammins;
PIRES, Vilma Aparecida de Oliveira. Teatro
Missionário: Peças teatrais e jograis sobre Missões e Evangelização para
Igrejas evangélicas. Versão Gratuita em PDF, 2013.
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