quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A LINDA HISTÓRIO DO NATAL

Autor: Jonathas Braga

Contam-nos as Sagradas Escrituras
desde os tempos das velhas profecias,
que, para redimir as criaturas,
havia de nascer dentre os judeus
Um que traria o nome de Messias
e Filho diletíssimo de Deus.


Os séculos passavam-se... Os poetas
em versos dedilharam seus cantares...
Nasceram soberanos e profetas
e muitos tronos ruíram com fragor,
mas inda estava em páginas secretas
a história do divino Salvador.


O povo, cheio de ódios e maldade,
continuava a pecar todos os dias
e, esquecida de Deus, a humanidade
não pensava na vinda de Jesus,
preferindo viver na escuridade
a caminhar ao brilho de uma luz.


Um dia, a paz que todo o encanto encerra,
começava a pairar por sobre o mundo.
Reinava Augusto em Roma e pela terra
em toda parte se dizia: - Há paz!
Não se ouvia nenhum rumor de guerra
nem se falava em lutas desiguais.


Um censo em seus domínios decretara
o poderoso imperador romano
e às sedes das comarcas arrastara
pobres e ricos, nobres e plebeus,
eunucos, cortesãos, a turba ignara,
príncipes, mercadores, fariseus...


E, para se cumprir a profecia,
través de contratempos e fadigas,
uma virgem que em Nazaré vivia
piedosamente a praticar o bem,
com o esposo, solícita, subia
entre outros forasteiros, a Belém.


Quando chegaram dessa travessia
ao termo desejado ardentemente,
na manjedoura de uma estrebaria
foram, depois, exaustos, se abrigar
porque para hospedá-los não havia
nas casas de Belém outro lugar.


E enquanto a multidão se aglomerava
para cumprir as ordens recebidas,
no céu azul distante rebrilhava
uma estrela de rara e estranha luz,
pois, entre as palhas onde a serva estava,
nascera enfim o Salvador Jesus.


Hosanas nas alturas! Paz e gozo
na terra para os homens! Glória excelsa!
Nos céus vibrava um coro sonoroso
de anjos enchendo o espaço de canções,
e o povo todo afluía, pressuroso,
a ver o Desejado das nações!


E lá estava, humilde, o Prometido,
Aquele que era o Salvador do mundo,
Aquele cujo olhar enternecido
brilhava com divino resplendor,
e que viera buscar o homem perdido
e salvar para sempre o pecador.


in O Jornal Batista #52 – Dez 1951


 

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