quinta-feira, 3 de novembro de 2016

NATAL III

Autor: Jonathas Braga

Quando, no estojo azul do céu vasto e silente,
aquele astro fulgiu maravilhosamente,
Efrata despertou do seu sono profundo
e as pálpebras abriu para o resto do mundo!
Então, no seu regaço humilde e pequenino,
a se balsamizar do aroma campesino,
todos os reis da terra o Prometido viram
e a luz do estranho sol, atônitos, seguiram.
Os anjos, na amplidão cerúlea, salmodiavam
e muitos corações aflitos exultavam...
E quem fosse a Belém-Efrata nesse dia,
na manjedoura o Rei dos reis encontraria,
cercado de pobreza e cheio de humildade...
Ele não conheceu o luxo da vaidade
e não teve um palácio e nem rendas custosas,
nem berço a fulgurar de gêmulas preciosas,
porém a manjedoura, onde o feno jazia,
foi o próprio lugar onde nascer devia!
Assim quisera Deus que o Redentor nascesse
e desde então o seu exemplo aos homens desse,
a fim de que na terra a pobre humanidade
buscasse o Salvador nascido na humildade!
E quando, na amplidão do céu vasto e silente,
aquele astro brilhou esplendorosamente,
Efrata ressurgiu do seu langor profundo,
trazendo para nós o Salvador do mundo.


Do livro Florilégio Cristão (1982)


 

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